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Imagem extraída do link: https://melhorrh.com.br/ebook-traz-9-dicas-sobre-atracao-de-talentos/
Estou relendo o livro "Feitas para Durar", de Jim Collins, uma leitura fantástica que recomendo bastante, principalmente para os amantes da liderança. O livro é uma análise do que ele chamou de empresas extraordinárias, que, após o ponto de virada, performaram melhor do que seus pares por longos 15 anos. A 2ª característica que ele aponta é que estas empresas se preocuparam mais com o QUEM do que com o QUÊ, e acabei fazendo uma análise das minhas condutas enquanto líder e compartilho aqui com vocês. Muitas vezes me perguntam: “Humberto, como você dá conta de tantas coisas?” e minha resposta sempre foi: tenho uma equipe sensacional que sabe, melhor do que eu, o que deve ser feito para chegar aonde alinhamos que deveríamos chegar.
Sempre que assumo uma posição, três coisas são minhas prioridades: Pessoas e Funções, Orçamento e Oportunidades (Low hanging Fruits). A primeira me ajudará a chegar nas outras duas com uma velocidade bem maior, e como pessoas são o foco deste artigo, as duas outras ficarão para um outro momento.
Ao chegar em um setor, busco identificar os talentos. Então, além da primeira linha de gestão direta, busco conhecer a segunda e procuro compreender melhor três características de cada um dos meus liderados: suas Histórias, suas ambições profissionais e sua capacidade de resolver problemas.
Sou curioso acerca das histórias das pessoas, o que as levou até ali, como foi sua carreira, o que fizeram de relevante, como lidam com desafios e imprevistos, o que acham de ser líderes. Depois de entender suas histórias, busco saber quais são suas ambições. Querem crescer, se desenvolver ou buscam apenas salário? Há uma diferença gigante entre estas duas coisas e não estou fazendo apologia à pobreza, pelo contrário, mas em grande parte da sua carreira, os desafios sempre virão primeiro do que o reconhecimento financeiro. Por fim, observo nos 30 primeiros dias a capacidade deles em resolver problemas e sua autonomia. Isso é um ponto importante, muitos líderes estão sobrecarregados justamente por tirarem dos seus liderados a autonomia deles em tomar decisões do dia-a-dia.
Jim Collins aponta 3 regras para determinar primeiro quem, são elas:
Regra 1: Na dúvida, não contrate. Continue procurando. Meu líder e mentor, Geraldo Magela, por várias vezes me falou: "Siga teu feeling", uma facada na minha racionalidade, mas aprendi na prática esta verdade.
Regra 2: Quando você sabe que precisa mudar uma pessoa, aja. Tenho uma palestra que chamo "As Lições da Vovó", uma aula de liderança, e uma das lições é "Antes Só do que Mal Acompanhado". Não é só você que sabe que precisa mudar aquela pessoa. Caso não faça, prejudicará a harmonia do time, pois não compreenderão qual o padrão que deseja implantar.
Regra 3: Inclua suas melhores pessoas em suas melhores oportunidades, não em seus maiores problemas. Isso parece contraintuitivo, mas é super inteligente. Ter os melhores nas principais atividades alavancará o sucesso do negócio e motiva a todos a crescer, pois sabem que terão grandes oportunidades.
Primeiro quem: ao chegar em uma nova posição de liderança, comece por quem deve permanecer e quem deve sair, pois como bem escreveu Hemingway, quem está ao seu lado nas trincheiras importa mais do que a própria guerra.
Até a próxima.
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